Como todas as atividades humanas, também o vinho carrega um tanto de superstições e de lendas. Algumas tradições podem parecer um pouco bobas aos nossos olhos hoje, mas, como dizem, por via das dúvidas.
Vinho na toalha? Boa sorte (ou talvez não)
Derrubar vinho na mesa pode ser um azar para o dono da toalha na hora de remover a mancha, mas é sinal de sorte para a família – pelo menos é o que acreditam os portugueses. Para os italianos, porém, o desperdício de bebida é sinal de azar iminente – prontamente “isolado” se você pegar um pouquinho do vinho derrubado e passar de leve atrás das orelhas, como se fosse perfume, para cortar o efeito do mau olhado.
Para acalmar os deuses
As entidades divinas também apreciam um bom vinho – era o que acreditavam os antigos egípcios: os membros das famílias reais eram enterrados com cinco jarras de vinho, para serem levadas com eles até o Paraíso, onde eles dividiriam a bebida com outros membros da realeza e com os deuses.
Os deuses do mar também aceitavam vinho como oferenda – algumas narrativas europeias contam que os pescadores jogavam vinho nas águas para acalmar tempestades e mar bravo. Se funcionava ou não, outra questão.
Batizando o barco
Você já deve ter visto como embarcações importantes costumam ser “batizadas” com uma garrafa de espumante sendo quebrada em seu casco. O rito vem dos tempos da Idade Média, como uma forma de proteger o barco de má sorte. Atualmente, o batismo tem suas regras: usa-se champanhe, bebida nobre, para acertar o casco perto do nome do navio. E, para garantir mais sorte, uma mulher faz as honras do gesto.
A etiqueta do brinde
Outra superstição dos italianos (e também de algumas regiões da Espanha) tem a ver com brindes: para garantir toda sorte do mundo, melhor colocar vinho no copo ao invés de água (tudo bem não beber depois, se for o caso). O motivo? Dizem que quem brinda com água acaba morrendo afogado.
E espanhóis, franceses e italianos concordam em uma coisa: brindes precisam ser feitos direito, olhando no rosto de quem está fazendo o discurso. Do contrário, a “punição” são sete anos sem sexo!.
Quer casar? Não beba.
Tomar o último gole de vinho em uma garrafa é garantia de morrer solteira – é o que dizia uma antiga lenda italiana, alertando as mocinhas para serem moderadas no consumo da bebida.
Em caso de morte, agite as garrafas.
Os alemães tem um costume aparentemente estranho quando alguém morre: uma das primeiras providências é chacoalhar as garrafas da adega do falecido, para garantir que os vinhos não azedem por conta do falecimento de seu dono.