Nesta quinta-feira (10), a Netflix, em parceria com a Shopify, lançou sua loja virtual exclusiva, a Netflix.shop, em que comercializa itens oficiais relacionados às séries e aos filmes que produz. Josh Simon, um dos executivos da gigante do streaming, define a plataforma como uma verdadeira boutique — e afirma que as ofertas devem ser ampliadas no decorrer do tempo.
Nela, já estão disponíveis coleções de títulos como Lupin, Eden e Yasuke, que incluem camisetas, blusas, capas para travesseiros e mais, todos projetados por artistas ao lado de grandes nomes, como o Museu do Louvre.
Dessa forma, a Netflix, além de suprir uma carência de seu público mais apaixonado, que até então se contentava com coisas feitas por outros fãs, adere a uma monetização na qual não apostava — e que movimentou US$ 128 bilhões no mundo em 2019, de acordo com o Licensing International.
Stranger Things e La casa de papel darão as caras em breve, promete a companhia. Ao contrário de concorrentes como HBO Max e Amazon Prime Video, ela não exibe comerciais, e seu faturamento se baseava, até então, somente nas mensalidades de seus assinantes.
Sendo assim, a novidade é um passo natural para uma empresa que tem a fidelidade de mais de 200 milhões de pessoas e que, com o auxílio de Simon, levou seus produtos licenciados ao Walmart, à Sephora, Amazon e Target. Aliás, o time responsável pelo andamento das operações cresceu de 20 para 60 profissionais desde março de 2020.
Será que vinga?
Há quem duvide do sucesso da Netflix.shop, como Mark A. Cohen, diretor de estudos de varejo e professor adjunto da Escola de Negócios da Universidade Columbia, em entrevista ao The New York Times.
De acordo com o pesquisador, a empolgação não deve durar muito, pois o mesmo ocorre com o interesse do público em relação aos projetos audiovisuais da big tech. “A maioria [das produções] tem uma vida útil curta, ao contrário de uma propriedade da Disney, que é uma longa jornada de gerações”, defende.
Para conferir a loja, basta clicar aqui — lembrando que as entregas estão restritas aos Estados Unidos e os valores limitados ao dólar.